E se neste mundo não existissem livros?
Em vários momentos de nossa história, os livros eram considerados um mal para a humanidade.
Na Idade Média, uma das maiores bibliotecas do mundo foi completamente destruída por incêndios. E até hoje são descritos várias versões para o que causou o fogo na Biblioteca de Alexandria.
Durante a Inquisição, foram proibidos ou queimados livros que fossem julgados hereges pela Igreja Católica, uma lista desses livros proibidos foi publicada no "Index Librorum Prohibitorum".
Em maio de 1933, os alemães nazistas queimaram livros nas vias públicas. Tudo que julgassem ser contra regime nazista, era queimado.
1933 - Alemanha Nazista
|
Esta postagem era pra se tratar de um livro e de sua adaptação cinematográfica. Faz duas semanas que não faço este post, e o motivo foi bem simples: tempo. Quis assistir a um filme específico para poder escrever aqui, e quem disse que eu conseguia assisti-lo todo? Creio que depois de tanto tempo, este post será bem longo. Dessa vez não só escreverei sobre o livro e o filme, mas além disso, o tema da obra é o próprio livro.
Sem mais delongas, o livro abordado de hoje será "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury, que foi escrito após a Segunda Guerra Mundial, em 1953. O filme de mesmo título, foi dirigido por François Truffaut em 1966. Recebeu críticas negativas, uma delas foi de que o diretor não soube captar o espírito do livro. Pois bem, a obra é do gênero distópico (olha ele novamente!)
Não vou fazer nenhum tipo de resumo ou resenha, nunca foi meu objetivo aqui.
Como o gênero já diz, a sociedade não está nada bem, um governo opressor e totalitário. Se George Orwell fez a Revolução dos bichos inspirado na Revolução Russa, Bradbury escreveu Fahrenheit 451, inspirado na Alemanha nazista. Nesta sociedade, os livros são proibidos, caçados e queimados. Tudo então, é voltado para as imagens, revistas com desenhos e fotos, e a grande influência da televisão na vida das pessoas. E quem está encarregado na fiscalização e posterior queima de livros são os bombeiros (fireman), aqui, eles não apagam fogo!
Tem uma cena em que uma mulher se recusa a ficar sem os seus livros e escolhe ser queimada junto com eles.
A uma forte crítica, (não é visível no filme, só no livro) à mídia em massa e da televisão no que diz respeito a aprendizagem da literatura. Como é destruído o interesse em ler livros a partir do surgimento e massificação da televisão e a consequente alienação das pessoas através da mídia.
E agora? Vai se render ao filme ou ao livro?
Um anime que eu passei a amar, chamado "One Piece", nos trás a reflexão sobre a importância dos livros para o conhecimento humano. E em um episódio uma grande biblioteca (que fica localizada dentro de uma gigantesca árvore) é bombardeada pelo governo e os arqueólogos que ali estudam e residem também escolhem ficar junto com os livros. Escolhi algumas páginas do mangá do One Piece (Acho que os capítulos são a partir do 395), não está em ordem e nem sequenciado, mas dá para se ter uma ideia. (Para ler um mangá é da esquerda para a direita, de cima para baixo). Enjoy!
Nenhum comentário:
Postar um comentário